Tambaqui (Colossoma macropomum), é um peixe de rio de escamas, com corpo romboidal e boca prognata pequena e forte com dentes molariformes. A coloração geralmente é parda na metade superior e preta na metade inferior do corpo, mas pode variar para mais clara ou mais escura dependendo da cor da água. O tambaqui alcança cerca de 1 m de comprimento. Antigamente eram capturados exemplares de até 45 quilos. Hoje, por causa do excesso de-pesca, praticamente não existem mais indivíduos desse porte. Peixe comum encontrado na Bacia Amazônica, sendo famoso por sua saborosíssima carne. Habita também os rios do Pantanal de Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
É uma espécie que realiza migrações reprodutivas (piracema). Durante a época de cheia entra na mata inundada, onde se alimenta de frutos ou sementes. Durante a seca, os indivíduos jovens ficam nos lagos de várzea onde se alimentam de zooplâncton e os adultos migram para os rios de águas barrentas para desovar. Na época de desova não se alimentam, vivendo da gordura que acumularam durante a época da cheia.
O tambaqui é uma das espécies preferidas para a piscicultura, com grande produção no Estado de Roraima. Está sendo criado também um híbrido de tambaqui com o pacu, chamado de tambacu.
O tambaqui é um peixe onívoro, com preferência por sementes de palmeiras. Alimenta-se também de plâncton, frutas, insetos aquáticos, caracóis, sementes e grãos de cereais, pequenos peixes, folhas e brotos de plantas aquáticas.
Sua carne é branca e delicada. Pode ser assado inteiro no forno ou na brasa, recheado ou não, e frito. Quando assado na brasa, é comum ser embrulhado em folha de bananeira ou em papel alumínio. É muito utilizado também em caldeiradas. São famosos e muito apreciados os pratos a base da chamada “costelinha” ou “costela” de tambaqui.
Um tambaqui assado que Fernando comeu em Brasília.
Costelinha de tambaqui no prato.