terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Caruru


Há muito tempo que estávamos querendo fazer este prato típico da Culinária da Bahia. Outro dia fomos almoçar na Feira Nordestina do Campo de São Cristóvão e aproveitamos para comprar camarão seco.

O caruru é um prato de origem africana, sendo também um dos pratos votivos oferecidos durante os cultos de candomblé.

Na Bahia, quando se fala em caruru ou te convidam para um caruru, pode haver três significados:

1) O caruru ser o prato propriamente dito.

2) Pode ser uma refeição inteira, também chamada de “caruru completo”, que inclui o caruru junto, entre outros pratos, com vatapá, xinxim de galinha, arroz branco, farofa de dendê, feijão fradinho refogado com dendê, acarajé, abará e fritada de camarão.

3) Também pode ser o evento em que a refeição é servida para grande quantidade de pessoas, gratuitamente, pois é ofertado aos comensais como pagamento de alguma promessa. As pessoas costumam dizer: “Vai ter um caruru em tal lugar”. E isso acontece em vários locais, das casas pobres às residências abastadas, passando por empresas e organizações públicas. Um dos carurus mais conhecidos é o fornecido no Dia de São Cosme e Damião.

Ingredientes:
1 kg de quiabo
150 g de camarão seco sem cabeça, rabo e casca
500 g de camarão fresco
120 ml de azeite de dendê
1 cebola grande, picada
1 tomate sem pele e sementes
2 dentes de alho, picado
½ xícara de chá de castanha de caju, moída
½ xícara de chá de amendoim, torrado e moído
4 xícaras de chá de água
2 colheres de sopa de vinagre, de vinho branco
1 colher de chá de coentro moído ou um punhado de folhas de coentro picadas
sal e pimenta malagueta, a gosto



Modo de preparo:
1. Lavar os quiabos e enxugar bem. Cortar as pontas e os cabos dos quiabos e desprezar.

2. Picar os quiabos em pedaços bem pequenos. Reservar.

3. Deixar os camarões de molho na água por 10 minutos.

4. Escorrer a água e picar os camarões secos em pequenos pedaços.

5. Levar uma panela média ao fogo. Acrescentar o azeite de dendê. Quando estiver quente, adicionar a cebola, o tomate, o alho e os camarões secos picados. Refogar até começar a dourar.

6. Juntar as castanhas e o amendoim. Mexer bem com uma colher de pau.

7. Acrescentar os camarões frescos e os quiabos. Adicionar o vinagre. Refogar por ½ minuto. Adicionar a água, aos poucos. Diminuir o fogo e cozinhar por 20 minutos com a panela tampada ou até o quiabo ficar macio.

8. Temperar com coentro, sal e pimenta malagueta.

10. Retirar do fogo e servir com farofa de dendê e arroz.

Dica: quem não encontrar camarão seco na sua região, pode substituir este ingrediente por bacalhau.


Camarão seco com casca

Camarão fresco sem casca

Quiabo picado

Castanha de caju


Caruru

For a long time we were wanting to make this dish typical of the Bahia’s cuisine. Other day we went to lunch at the Northeast Fair in Campo de São Cristovão and we buy an ingredient of this dish: salted and dried shrimp.

The caruru is a dish of African origin, being also one of offered votive dishes during candomblé (like vodoo) cults.

In Bahia, when talking about caruru or invite you to a caruru, there may be three meanings:

1) Caruru be the dish itself.

2) Can be a whole meal, also known as "Whole Caruru", which includes the caruru together, among others dishes, with vatapá, xinxim of chicken, rice, palm oil farofa, acarajé, abará and shrimp fritata.

3) Can also be the event where the meal is served to large amount of people, free of charge, as it is offered meals as payment for any promises. People often say: "will have a caruru in such place". And it happens in various locations, the poor houses to affluent residences, passing by associations, businesses and public organizations. One of the most well known carurus is provided on the day of Saints Cosme and Damião.

Ingredients:
1 kg okra
150 g salted and dried shrimp shelled
500 g fresh shrimp, shelled
120 ml palm oil
1 large onion, chopped
1 tomato skinless and seedless
2 cloves garlic, chopped fine
1/2
cup cashew nuts, ground
1/2
cup peanuts, toasted and ground
4 cups water
2 tablespoons white wine vinegar
1 tsp ground coriander
Salt and tabasco sauce, to taste


Preparation:
1. Wash the okra and dry well. Cut the ends and cables of okra and despise.
2. Chop the okra in very small pieces. Reserve.
3. Let the dried shrimp to soak in water for 10 minutes.
4. Drain the water and chop the dried shrimp into small pieces.
5. Bring a large-medium pan on the fire. Add palm oil. When hot, add onion, tomato, garlic, and chopped dried shrimps. Braise until golden-brown.
6. Add the cashews and peanuts. Stir well with a wooden spoon.
7. Add the fresh shrimp and okra. Add the vinegar. Sauté for 1/2 minute. Add the water slowly. Turn the heat to medum-low and cook for 20 minutes (pan covered) or until okra is tender.
8. Season with coriander, salt and pepper to taste
10. Remove from heat and serve with palm oil farofa and rice.

Tip: If you can't find salted and dried shrimp in your region, you can replace this ingredient for salted and dried cod.

Nenhum comentário: